quarta-feira, 21 de março de 2012

Campanha da Fraternidade 2012

Fraternidade e Saúde Pública

Pe. Maikel Herold
Arquidiocese de Porto Alegre (RS)



Todos os anos o cristão, e católico de maneira especial, é chamado a renovar seu compromisso batismal durante o tempo da quaresma. Ou seja, ele é chamado, a partir de um programa de vida que inclui a oração, a penitência e a caridade, a buscar uma conversão de vida, de maneira que ele possa fortalecer sua fé e sua ação no mundo, na luta contra o mal, configurando-se ainda mais a Cristo.

Pois dentro deste espírito de conversão particular, a Igreja no Brasil propõem há 48 anos, além do chamado ordinário da Quaresma, uma busca por uma conversão eclesial ou seja, uma proposta que abarque não somente a pessoa de maneira individual, mas comunitária a partir de uma reflexão da realidade social, a fim de que as ações quaresmais possam transformar a forma de agir da sociedade como um todo. Este projeto se chama “Campanha da Fraternidade”.

Desde 1964, muitos foram os temas que ajudaram o povo cristão no Brasil a refletir e rezar a Quaresma, dentro de um espírito que impulsionasse uma conversão comunitária e social. No início estava mais imbuída de uma renovação interna da própria Igreja. Depois da década de 70 a reflexão passou a ser mais para o pecado social e a realidade do povo brasileiro, num intuito de que as ações do povo católico pudessem contribuir para a transformação da sociedade brasileira. A partir do jubileu do ano 2000, a Campanha passou a ser ecumênica a cada 5 anos, o que aconteceu ainda em 2005 e 2010.

Neste ano de 2012, os bispos do Brasil propuseram uma reflexão do Evangelho a partir da realidade da saúde pública, tendo em vista que este tema está entre os principais problemas que afligem o povo brasileiro. Na verdade a Igreja no Brasil quer refletir sobre 3 ângulos:

1)            A realidade da saúde pública no Brasil, os motivos e as causas dos problemas;

2)            As conquistas e o fortalecimento da saúde Pública no Brasil, de maneira especial o Sistema Único de Saúde (SUS);

3)            Alertar a população a ter hábitos de vida saudáveis.

Além disto, cabe difundir uma cultura solidária para com o doente, sendo um sinal da misericordiosa presença de Deus no meio deles, buscando uma humanização no cuidado e no atendimento aos que mais precisam.

A conversão passa-se primeiramente pela aceitação que há um pecado que impede a justiça para todos no campo da saúde pública, de que cada brasileiro é responsável pelo SUS (que pela lei é o melhor sistema de saúde do mundo) e que podemos, através de uma conscientização e de uma ação democrática, fazer um sistema mais justo para todos, a luz do Evangelho de Jesus.

É por este motivo que todos os cristãos são chamados a participarem desta campanha, já tão bem difundida ao longo dos anos, e que tanto bem já fez ao povo brasileiro. Por isso, participe na sua comunidade dos encontros de reflexão; leia o texto base; forme grupos de oração e reflexão; participe da celebração da Via Sacra sob o tema da Campanha. Até poderemos não conseguir muita coisa com isso, mas pelo menos não seremos omissos!

domingo, 18 de março de 2012

A Obra de Maria presente nos eventos da JMJ Rio2013

Mais de 200 voluntários se reúnem para gravação de vídeo promovendo a JMJ Rio2013

Rio de Janeiro, 13 Mar. 12 / 02:59 pm (ACI) No último domingo, dia 11, o clima de Jornada tomou conta da escadaria do Santuário da Penha, no Rio de Janeiro. Mais de 200 jovens foram recrutados para participar da gravação de um vídeo institucional para a divulgação a JMJ Rio2013 em nível internacional.

Luiz Carlos Pugialli, produtor do vídeo e presidente da Comissão Governamental para a JMJ Rio2013, explicou que uma cópia será encaminhada para embaixadas e para todos os meios de comunicações católicos. Um vídeo, de um minuto, também será editado e entregue às TVs abertas. "Os jovens demonstraram muito compromisso, alegria e serviço à Igreja", ressaltou Luiz Carlos.

Segundo ele, o Santuário foi escolhido como cenário por três motivos: por ser um cartão-postal, por ter a religiosidade como marca principal e por lembrar dois símbolos da jornada: a cruz e a devoção mariana.

"Desse local se pode ver toda essa paisagem, ver o Cristo e o Pão de Açúcar. A cidade que vai receber a JMJ inspirou o nosso dia", afirma o estudante Lucas Vítor Amaral, de 18 anos.

Gustavo Costa Ribeiro, de 22 anos, que representou o Brasil, segurando a bandeira do país durante as filmagens, contou como foi a experiência: "Eu comecei a trabalhar pela jornada quando o Rio ainda era candidato à sede. (...) Hoje, com a bandeira do Brasil na mão, senti muita responsabilidade e pude unir a minha paixão pela jornada e meu amor pelo Rio."

Vestidos de calça jeans e tênis, os voluntários mostraram a cara da juventude. A interação entre os jovens foi uma motivação a mais para o dia de trabalho, assinala também a nota aparecida hoje no portal da JMJ Rio 2013.

"Sentir-se parte da Jornada é fundamental para o evento. A gravação com as bandeiras traz a cultura da JMJ, dos países, das diversas realidades juvenis", assinalou Juliana Cristina Fernandes, de 24 anos, coordenadora da Pastoral da Juventude. Bruna Santos, de 19 anos, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Ramos, completou: "É muito bom conhecer os jovens de outras comunidades e colaborar para um melhor convívio entre todos".

Os jovens da Igreja São José Operário, em Realengo, que também participaram da JMJ de 2011, disseram que o trabalho dos espanhóis serviu de inspiração. "Assim como em Madri, que eu vi aqueles jovens todos trabalhando, hoje eu também quero ajudar a construir esse grande evento.", assinalou o estudante Bernardo Amaral, de 22 anos.

A profissional de educação física Clarice Muniz Navegantes, de 22 anos, disse que quer mergulhar de cabeça na jornada. "Hoje eu segurei a bandeira da Nigéria e fiquei muito feliz, mas eu quero participar de todas as etapas, ser uma voluntária ativa até o fim.", reforçou Clarice.

O diretor do vídeo, Maurício Lanzara, contou que se surpreendeu com a disponibilidade dos jovens. "Fiquei impressionado, principalmente, com a concentração de todos, ainda mais pelo grande número de pessoas. Sem dúvida cresce a minha expectativa por 2013, pois pelo que vi será um evento bem organizado e bem acolhedor".

Para o estudante Rafael Assis, de 20 anos, o vídeo pode ajudar a estimular novas inscrições para o voluntariado. "Através dessa gravação outras pessoas vão se sentir chamadas e começarão a entender melhor o que é a JMJ", atestou o jovem.

 Fonte: Cléofas



 Foi uma experiência maravilhosa poder participar da gravação do vídeo institucional da JMJ Rio 2013. É muito bom ser contagiado por esse clima de alegria e de emoção que a preparação para a Jornada nos traz. Ver uma fé viva e alegre presente no rosto de cada jovem, ver a alegria de cada um mostrando a cara da nossa igreja, não tem preço.
Venha você também fazer parte dessa equipe.
Seja um voluntário.
www.rio2013.com

Deus abençoe.
Depoimento de Saul Andrade
Pré-Discipulado
Comunidade Obra de Maria/Missão Rio de Janeiro





quinta-feira, 15 de março de 2012

No Coração da Cidade, um encontro com Cristo

 por João Madruga

 Rio de Janeiro, fevereiro de 2012.


 
Na semana do aniversário da Cidade Maravilhosa fizemos uma visitinha à Igreja da Nossa Senhora da Glória do Outeiro. A Igreja da Glória ocupa o mesmo local (então estratégico e à beira-mar) onde o Capitão-mor Estácio de Sá estabeleceu o domínio português na Baía da Guanabara em 20 de janeiro de 1567 contra os franceses. Pois desde sua fundação, em 1º de março de 1565, ele e seus companheiros permaneciam junto à entrada da baía entre os morros Cara de Cão e Pão de Açúcar. Saboreamos um pouco da história, da arquitetura, da vista e, claro, da religiosidade que envolve mais esse importante templo carioca.

Saul, Wanúbio, Flávia (+ baby) e Madruga. Embarcamos no Obramóvel (carrinho branco do casal) no domingo de sol, inicialmente, para o Mosteiro de São Bento (missa solene). Como nos atrasamos, o Saul rapidamente puxou seu mega smartphone pra verificar que na Igreja da Glória ocorreria uma missa às 11:00h. Chegamos uns vinte minutinhos antes do término da missa anterior. Deu tempo de conhecermos o Plano Inclinado do Outeiro da Glória. O que é isso? Um funicular. Ainda em dúvida? Uma espécie de trenzinho que leva e traz transeuntes de e para o plano da Praia do Flamengo e do Outeiro. O trecho é curtíssimo (uns 30 metros), mas a altura compensa para quem está a pé. É gratuito, só não funciona segunda-feira e não tem vista nenhuma, mas interessante. São bem mais interessantes os funiculares da Igreja da Penha (Rio) e da Sacre Coeur (Paris). Mas Madrugas e crianças sempre gostam dessas novidades...

Voltando à Igreja da Glória, acabamos por participar da missa organizada por uma irmandade que eu desconhecia. Trata-se da Imperial Irmandade da Nossa Senhora da Glória do Outeiro. Parece que, como o nome sugere, desde o Brasil-Império organiza e mantém as atividades da paróquia. Sua postura e paramentos levaram-me a refletir como é linda e diversa nossa Igreja. O Despojado e o Formal convivem em harmonia admirável. – claro que nós éramos os despojados, no caso - Pentecostal e Secular ganham respectivos espaços de manifestação. O celebrante, Pe. Sérgio Costa Couto (que, aliás, procedeu uma linda bênção às grávidas – só tinha uma: minha nega), aproveitou o domingo coincidente com a entrega do Oscar para evocar a Irmã Dolores Hart (única religiosa com direito a voto na Academia de Hollywood). Acontece que no auge do sucesso dessa atriz (que interpretou Irmã Clara em “Francisco de Assis”, entre outros filmes), abraçou o hábito beneditino. E neste ano é homenageada em um bonito documentário que conta, entre outras façanhas, a chegada da noviça no convento de limusine! E seu ex-noivo, que até hoje não se casou por sentir-se parte da vocação de ambos de dedicar suas vidas a Deus. Um bom começo de reflexão para um domingo quaresmal.

A missa seguiu com os empolgados acordes do organista Aloysio Rachid, que desde meados de 1983 presenteia os visitantes com peças clássicas nos momentos litúrgicos. Jesus – Alegria dos Homens, Magnificat e outras pérolas nos ambientavam com as características setecentistas dos azulejos, nave, coro e entalhes cuidadosamente trabalhados. Chamou-me a atenção, acima do Sacrário, o detalhe dourado representando Deus-Pai, ladeado por Sol e Lua, cada qual amparado por um respectivo anjo responsável pela alternância dos nossos dias e noites. Ao fim da missa fiz algumas perguntas para duas senhoras da Irmandade e nos dirigimos para o prédio da mesma. Uma falha: o museu (com visitação a R$ 2,00) não estava aberto. Exploramos um pouco o prédio e, quando o Saul queria integrar-se a um festim 0800 que os turistas ofereciam no prédio, achamos que era melhor sair pra almoçar. Lá embaixo, no Bairro do Catete pode-se optar imediatamente, à descida, pelo Amarelinho ou pelo Galeto à frente. Nesse dia quente só faltou mesmo uma prainha, mas um soninho à tarde já caiu muito bem. Nada mal para o primeiro domingo da Quaresma.

PS.: Para conhecer mais da história e arquitetura da Igreja da “Nossa Senhora da Glória do Outeiro”, pode-se ler mais no livro de mesmo  nome. Ed. Agir, do projeto Arte no Brasil, 1969. Consegui um exemplar (que já estou devolvendo) na mini Biblioteca Pública do Projeto Livro no Ponto, ao lado esquerdo da Estação das Barcas, na Praça XV.